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Review Far Cry 6: Muito Obrigado, Ubisoft!

Lançado no dia 6 de outubro de 2021 para Amazon Luna, Google Stadia, PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X/S, tornando Far Cry 6 o décimo segundo jogo da franquia, uma das mais consolidadas da Ubisoft.

Dessa vez a franquia Far Cry desembarca em Yara, um paraíso tropical fictício inspirado em Cuba, onde a equipe da Ubisoft passou um mês inteiro em busca de inspiração para o desenvolvimento de Yara.

Aliás, Yara está lindíssima, especialmente se você explorá-la pelo ar com um avião ou helicóptero.

Em Far Cry 6 você é O ou A Dani Rojas.

Sim, aqui você tem a liberdade de escolher o gênero do seu personagem, o que é ótimo e finalmente deixa de lado os protagonistas genéricos que a franquia vinha recebendo em seus últimos jogos.

Dani é um guerrilheiro (ou guerrilheira) que tem inicialmente a pretensão de sair de Yara e ir para Miami.

Mas como nem tudo são flores, após um incidente se vê na necessidade de ajudar as forças rebeldes do local para combater as forças do tirano “El Presidente”.

Em uma série conhecida por trazer vilões memoráveis como Vaz e Joseph Seed, Far Cry 6 ainda dá um show nesse quesito.

A Ubisoft trouxe o premiado ator Giancarlo Esposito, conhecido por seus papéis em Breaking Bad (como o mafioso Gus Frings) e O Mandaloriano (como o vilão Moff Gideon) para dar vida ao ditador Antón Castillo.

Antón foi eleito como presidente com a promessa de tornar Yara um dos países mais ricos do mundo com a ajuda do Viviro, uma substância jogada nas plantações de tabaco com a premissa de ajudar no tratamento contra o câncer, tornando-se assim o principal produto de exportação de Yara.

Ele está sempre acompanhado do seu filho de 13 anos, Diego, um personagem que chamou muito a atenção no anúncio do jogo por sua semelhança com o vilão Vaz de Far Cry 3. 

Durante a trama, vemos Diego sendo treinado por Antón para no futuro sucedê-lo na presidência de Yara.

Esse “treinamento” envolve inclusive participar de torturas comandadas pelo presidente em pessoa, acompanhado pelo seu general, mostrando o que acontece com aqueles que tentam se voltar contra o seu governo autoritário.

Antón atribuiu a cada região um “comandante” do seu alto escalão (assim como em Far Cry 5).

Enquanto você tenta libertar uma determinada região, a história dos comandantes são reveladas e ótimas narrativas de como eles contribuíram para a tomada de poder em Yara são descobertas.

Antón exibe seu intimidador domínio pela ilha com seu exército patrulhando a rua a todo o momento.

Ele espalhou outdoors com a falsa imagem de prosperidade da ilha, cartazes e até estátuas gigantes segurando uma folha de Viviro, tudo feito com trabalho escravo dos residentes de Yara.

Far Cry 6 também possui um divertidíssimo multiplayer coop para jogar com um amigo ou um desconhecido. Novamente você pode jogar a campanha inteirinha acompanhado.

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Outro ponto em que a Ubisoft acertou em cheio foi a trilha sonora. Não somente nas escolhas das músicas mas também no timing delas.

Algumas músicas são originais do jogo e elas fazem total diferença na história e de como ela é contada.

Quando você ouve uma música em uma missão, é como se ela traduzisse o sentimento que Dani está tendo naquele momento.

Por diversas vezes você é pego por uma trilha sonora agressiva que te dá um “empurrãozinho” na hora de massacrar o oponente.

Novamente a dublagem está impecável. Quando se trata de trazer uma boa localização dos jogos pra nós, pode contar com a Ubisoft.

Além de Dani, Antón e Diego, Far Cry 6 conta com outros personagens muito carismáticos, como Clara García, a líder do movimento rebelde, e Juan Cortez, um ex-espião e mestre nas técnicas de guerrilha.

Juan introduz à Dani a bancada, onde é possível customizar seu armamento, com tipos de munição, silenciador, miras e muito mais, essa customização é importantíssima.

Até por que invadir as bases inimigas no modo “Rambo” torna tudo mais difícil caso algum inimigo toque o alarme e chame muitos reforços.

Dou um destaque para as armas de Gambiarra, que são armamentos especiais criados pelo Juan e vendidos em troca de urânio envelhecido. Tudo para ajudar a causa rebelde.

Essas armas são versões melhoradas do que vimos em Far Cry New Dawn. São criadas do zero com sucata e muito conhecimento de guerrilheiro.

As armas tem uma ótima jogabilidade, cada uma com suas características de recuo e manejo, o que deixa a desejar é a mais uma vez é a dirigibilidade dos veículos, especialmente os aviões.

Pousar um em uma pista de pouso é uma tarefa que me deixou particularmente irritado pela falta de um controle menos genérico.

Ah, não se esqueça que eu fiz um guia para você platinar Far Cry 6!

Juan Cortez também é o responsável por introduzir uma das grandes novidades de Far Cry 6 como o Supremo, que é um tipo de Ult ou Especial que Dani pode utilizar.

O Supremo pode ser furtivo, revelando a localização dos inimigos, com um PEM que desativa tanques inimigos ou até com um alto poder de ataque, finalizando rapidamente um helicóptero inimigo, por exemplo.

Outra grande novidade de Far Cry 6 são os “Parças“, são eles 5 animais diferentes que acompanham Dani e ajudam sempre que for for atacado ou ao comando do jogador.

Os Parças auxiliam tanto no ataque quanto na defesa, podendo criar estratégias diferente para cada situação em que você se encontra.

O Chorizo, por exemplo, tem a função de distrair os inimigos por ser um lindo cãozinho com cadeira de rodas.

Alguns inimigos vão querer fazer carinho nele e outros vão o espantar, dando a oportunidade perfeita de um abate furtivo.

Já o Chicharron é um galo de briga com lâminas presas nas patas que já chega na voadora (literalmente) nos inimigos.

Far Cry 6 possui algumas missões principais bem elaboradas, mas as secundárias não escapam muito das missões habituais de mundo aberto, como vá até local e mate tal personagem ou leve um item do ponto A ao ponto B.

Para quebrar um pouco isso, foi introduzido as caças ao tesouro, que torna ainda mais legal a exploração de Yara, que por sinal é uma das coisas mais legais do jogo.

As caças ao tesouro possuem uma verticalização dos ambientes onde Dani pode usar o Rapel para chegar em locais mais altos, que escondem alguns colecionáveis ou até munição para as armas.

Além das armas, também é possível personalizar os trajes que Dani usa.

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Existem também trajes especiais que dão atributos diferentes, por exemplo, trajes com resistência ao fogo, outros que aguentam mais ataques corpo a corpo ou a tiro e por ai vai.

Isso é muito bom pois você pode escolher o traje ideal para a missão que está jogando.

Como em todo Far Cry, a visão segue em primeira pessoa, com exceção de quando Dani entra em um acampamento seguro.

Nestes momentos é possível ver o personagem em terceira pessoa. Uma novidade bem vinda.

Ainda nos acampamentos, existem alguns mini-games em que o jogador pode passar o tempo, como Dominó e a polêmica e divertida rinha de galos (aposto cincão no galo vermelho).

Sobre bugs, na minha experiência jogando no PlayStation 5, quase não encontrei. E os que encontrei não atrapalharam minha gameplay ou progresso no jogo.

Um ponto negativo que vi foi a inteligência artificial dos inimigos, pois mesmo você matando um soldado ao lado de outro, ele é facilmente esquecido e é como se nada tivesse acontecido.

A Ubisoft fez um bom uso do DualSense, principalmente nos gatilhos, enriquecendo o gameplay que realmente é onde o jogo brilha.

Dani Rojas na minha opinião é o melhor protagonista de toda a série Far Cry, independente do gênero escolhido é inegável o carisma e os ótimos diálogos de Dani com os outros personagens do jogo.

Yara é linda, convidativa à exploração, com muita verticalidade graças ao arpéu, caça ao tesouro com boas recompensas e ótimas atividades extras, o mapa gigantesco garante que o jogador passe dezenas de horas se divertindo.

Os parças, o supremo, a personalização de personagem foram ótimas adições à campanha.

Infelizmente o antagonista não aparece tanto na história quanto eu gostaria, mas sempre que aparece são cenas excelentes em que Giancarlo Esposito mostra que domina a arte de ser um bom vilão.

Nota

Sem dúvida a maior adição ao Far Cry 6 foi finalmente deixar de lado um personagem principal genérico e finalmente dar um contexto para a aventura. Far Cry 6 é disparado o melhor da franquia.

História
85 Pts
Jogabilidade
90 Pts
Gráficos
98 Pts
Dublagem
92 Pts
Vida útil do Jogo
100 Pts
Performance e Bugs
85 Pts

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Sanderson PStrophies

Nosso caçador de troféus e o responsável pelo canal Canal PStrophies Uma lenda viva dos games.

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