O estúdio 11 Bit Studios, responsável por The Alters, confirmou o uso não divulgado de inteligência artificial generativa em parte das traduções e textos de fundo do jogo.
O debate começou após o surgimento de capturas de tela onde respostas típicas de IA, como “Claro, aqui vai uma versão revisada focando nos dados científicos e astronômicos”, apareceram no jogo. Jogadores também começaram a notar semelhanças em outras traduções de legendas, levantando suspeitas sobre mais conteúdos criados por IA.
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Depois de dias de silêncio, a 11 Bit Studios divulgou um comunicado. O estúdio reconheceu que aquele texto era um placeholder e afirmou que “não era para fazer parte do lançamento final. Infelizmente, devido a um descuido interno, o texto acabou ficando no jogo”. Sobre o alcance do problema, disseram que seu impacto na experiência é limitado, mas admitiram o erro.
Quanto às traduções, a equipe explicou que, por falta de tempo, recorreu à IA para legendas em filmes licenciados dentro do jogo, sem o envolvimento de parceiros de tradução. Segundo a 11 Bit Studios, esse conteúdo equivale a cerca de 0,3% do total de 3,4 milhões de palavras do jogo em todos os idiomas. O plano inicial era lançar tais diálogos apenas em inglês. Sobre a decisão de usar IA, declararam:
Em retrospectiva, reconhecemos que foi a escolha errada. Ainda mais, não importa a decisão, deveríamos simplesmente ter informado você.
Reações nas redes sociais foram duras. Muitos usuários não aceitaram bem o posicionamento da empresa, dizendo que o estúdio só lamentou porque foi descoberto. Um ponto crítico apontado pela comunidade é a falta de transparência: a Steam exige que qualquer uso de IA seja informado, o que não ocorreu.
A 11 Bit Studios afirmou que está corrigindo os textos afetados. O caso reabre a discussão sobre o uso de IA em videogames, mesmo em quantidades ínfimas. Fica a pergunta: 0,3% é demais para fãs que buscam autenticidade? Transparência segue sendo essencial quando se trata de inteligência artificial no desenvolvimento de jogos.
