Anti-Gravity Racing na Xbox: port não autorizado de WipEout levanta polêmica

WipEout emulado circula na Xbox sob outro nome, com visual tosco e desempenho sofrível. Pior que nostalgia pirata, só pirataria nostálgica.

julho 10, 2025

Anti-Gravity Racing apareceu recentemente na loja da Xbox, mas logo chamou atenção por se tratar de uma versão emulada de WipEout, clássico do PS1. Usuários notaram que o produto oferecido não passa de uma emulação direta da versão original do jogo, usando inclusive menus e elementos gráficos idênticos, mas com pequenas mudanças para tentar se encaixar nos padrões da plataforma da Microsoft.

Ao iniciar o Anti-Gravity Racing, o jogador encontra um menu principal extremamente básico, com opções como shader CRT, modos wireframe, flat shaded e texturização completa. Há ajustes simples de resolução e logo uma animação de introdução, que nada mais é que o famoso vídeo reconstruído por Benjamin Brosdau em 2021, sugerindo que conteúdo de terceiros foi aproveitado sem permissão.

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O menu inicial serve apenas como gateway para a experiência principal. Ao acessar o game, o layout é basicamente idêntico ao de WipEout original, mas com botões da Xbox e gráficos distorcidos, além de falta de polimento nas resoluções exibidas.

O pacote inclui ainda uma versão de WipEout 3 Special Edition, renomeada como Anti-Gravity Racing Special Edition, igualmente sem alterações profundas, mas mais limitada. Aqui, o fundo é apenas branco e, como a versão original PAL rodava a 25 fps, este port foi forçado a 60 Hz, deixando o gameplay num ritmo acelerado e estranho.

Durante os testes, ficou claro que o desempenho do emulador é ruim, especialmente se jogado em um Xbox One de 2013. Os modos de desempenho disponíveis mal sustentam os 30 fps, evidenciando que a emulação é de baixa qualidade e pesada para o hardware mais antigo.

O uso de recursos visuais, sons licenciados e texturas alternadas denuncia que a experiência é montada sobre um emulador de PS1 típico. As referências à Psygnosis e conteúdos originais foram removidas, e as únicas mudanças visam adaptar menus e texturas para não chamar atenção imediata de violação de direitos autorais.

Comparando diretamente, percebe-se que as texturas, efeitos e draw-in são os mesmos do PS1, mas com algumas injunções de recursos para diferenciar minimamente. Toda essa modificação deixa o jogo descaracterizado, subtraindo pontos da experiência original e levantando dúvidas sobre legitimidade desse port.

O histórico da loja Xbox já mostrou situações parecidas, como no caso de War Gods: Zeus of Child, em que apps não autorizadas foram removidas após denúncias. O cenário sugere pouca supervisão da plataforma para identificar jogos baseados em emulação da concorrência, e que nomes alternativos são usados para desviar de barreiras legais.

Existem projetos feitos por fãs, como Phantom Edition para PC, que oferecem grandes melhorias no clássico, com modos ultra-wide, taxas de quadros elevadas, melhor distanciamento de cenário e dependem do próprio jogador fornecer os dados do game original, tornando esse tipo de conversão legítima e segura.

No caso do Anti-Gravity Racing, ficam dúvidas sobre a aquisição dos direitos do game ou músicas originais por parte da desenvolvedora LLS Games. Se houvesse legalidade, o título levaria o nome original WipEout. Enquanto isso, caberá à Microsoft definir o destino desse tipo de produto em sua loja.

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Foto de Lucas Marçal

Lucas Marçal

Lucas Marçal, tambem conhecido como Luke Vader é CEO do Gameforfun. Youtuber e nas horas vagas gasta o tempo jogando.

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