Análise – Metal Gear Solid 5: Ground Zeroes
Antes de qualquer coisa, é importante que você saiba que Metal Gear Solid 5 é dividido em duas partes, a primeira que foi lançada recentemente que estamos analisando neste post, Ground Zeroes. E a segunda e última, The Phantom Pain que será lançado em breve. Ground Zeroes serve para dar introdução ao futuro game da saga, então é importante que você saiba que o título é extremamente curto, a missão principal por exemplo tem somente 1 hora de duração. Mas o game também serve para experimentarmos a nova Engine criada por Kojima, a Fox Engine. E acaba que o game se torna interessante para testar a jogabilidade, assim já podemos nos preparar com The Phantom Pain que sairá em breve. Testei o game no Xbox One e reuni os pontos principais para quem quer saber se vale ou não a pena comprar, então vamos lá!
Enredo:
O game contém uma missão principal chamada Ground Zeroes, que serve para dar a abertura para o futuro Metal Gear Solid 5: The Phantom Phain, que vai chegar em breve. Na missão devemos achar um garoto chamado Chico e uma agente aliada chamada Paz, eles estão sendo prisioneiros em uma base norte-americana localizada em uma Ilha de Cuba. O objetivo da missão é extremamente simples, localiza-los e leva-los até o ponto de encontro com o helicóptero da FOX. Enquanto você procura os prisioneiros, tem a total liberdade para se mover dentro da base militar, a segurança do local é feita pela força paramilitar XOF, não são do tipo que pegam leve com intrusos, então fique sempre ligado para não ser detectado.
Mas o jogo só tem uma missão principal? Tecnicamente sim, a missão Ground Zeroes é a única com importância para o enredo do futuro MGS 5: The Phantom Pain, mas para nossa sorte são liberadas outras 5 missões com objetivos simples. A primeira consiste em entrar na base e matar dois alvos, a outra em encontrar um agente infiltrado para coletar uma fita com informações preciosas, a outra para eliminar armas anti-aéreas e o enredo da última só é liberado com a conclusão das outras.
Jogabilidade:
O jogo conta com um novo motor gráfico totalmente desenvolvido pela Kojima Productions, a Fox Engine. Ela entrou em desenvolvimento depois do lançamento de Metal Gear Solid 4: Guns of The Patriots, com o objetivo de ser “o melhor motor gráfico do mundo”, segundo Kojima. Ela impressionou muito quando foi apresentada pela primeira ao público no evento Pax Prime 2012, e a agora que ela está em uso em Metal Gear Solid 5: Ground Zeroes.
A engine é tão perfeita, que o ambiente reage a qualquer fenômeno da natureza, seja ele um vento para qualquer direção, a água da chuva escorrendo em paredes e morros, o personagem passando e se rastejando por cima de moitas, tudo responde muito bem. E o melhor, nada é pré-programado, o que dá uma sensação de realidade incrível ao jogo. O personagem pode correr, andar agachado, se rastejar, pular muros, subir escadas, dirigir jipes e tanques, pular de grandes alturas, atirar, jogar granadas, praticar golpes corpo-a-corpo (CQC), interrogar soldados e pegar itens.
Gráficos:
Eu testei o game pela primeira vez no Xbox One, na missão principal “Ground Zeroes” que dá nome ao jogo, é quase impossível não se assustar com a qualidade incrível da animação principal. Os cachorros, os guardas, o chão embarrado, as grades é tudo muito perfeito para ser verdade. E sim, realmente Metal Gear Solid 5: Ground Zeroes é bonito nestes quesitos. Não há o que falar da qualidade gráfica do jogo na nova geração de consoles, o game está bonito e pode agradar até mesmo os players mais exigentes.
Mas nem tudo é um mar de rosas, o game também apresenta precariedade em algumas quesitos gráficos, para ser mais específico em texturas. Os helicópteros continuam com aquelas texturas quadradonas típicas da série, quem é jogador de longa data da série MGS não vai se surpreender ou reclamar, não é de maneira alguma surreal as texturas do helicóptero, mas não deixa de ser um pouco estranho para os novos jogadores.
Tem outra coisa também, geralmente quando você sobe em uma torre de vigilância (Que contém um farolete) e olha para o horizonte em fases que se passam de dia, (Que são liberadas depois da conclusão da missão Ground Zeroes) vai ver uma certa precariedade na textura das estradas de terra, é uma coisa um pouco incômoda se tratando de um título deste peso ainda mais em um console de nova geração. Realmente é uma coisa um pouco chata de se ver, principalmente para os jogadores mais exigentes.
Inteligência Artificial:
É uma coisa muito importante nos títulos com o gênero stealth, isso foi sempre um dos grandes triunfos de Metal Gear Solid, a Inteligência Artificial (Ou IA, caso prefira). Desde Snake Eater vemos soldados inteligentes que reagem a barulhos, ruídos, sons de tiro, reagem diferente dependendo da reação climática e esse tipo de coisa. Em Metal Gear Solid 5: Ground Zeroes não foi diferente. Na primeira missão principal do jogo está chovendo à noite, os soldados reagem a essa reação climática. Alguns ficam mais agitados se movendo com um pouco mais de velocidade para se proteger da chuva, alguns reagem normalmente (Geralmente os guardas responsáveis pela ronda do local), já outros preferem ficar em baixo de coberturas, e os outros ficam em torres de vigilância procurando alguma anormalidade, como um intruso por exemplo.
Sempre que você é detectado por algum soldado sozinho ou em grupo, você tem um tempo de mais ou menos 5 segundos de slow motion para se safar da situação. Você pode dar um headshot certeiro no guarda que o detectou com uma arma silenciada para se livrar dele, mas é muitíssimo importante que você faça isso antes que ele entre em contato com os outros soldados via rádio. O jogo é tão perfeito que se você matar o soldado enquanto ele estiver em uma chamada de rádio, o guarda que estava em contato com ele vai estranhar e vai até o local ver o que aconteceu. Uma das coisas bacanas do jogo é uma coisa que já é clássica da série, que é a possibilidade de interrogar soldados utilizando sua faca. Para isso basta chegar por trás do alvo e apertar o botão de CQC (No Xbox One, LT), você terá duas opções. A primeira delas é passar a lambida sem dó no coitado, a segunda é sufocar o guarda para ele desmaiar (Recomendo dar um tiro de pistola tranquilizante nele depois disso, caso não queira mata-lo) e a última e mais importante “Extrair informações”.
Você pode pegar informações úteis como a localização de armas no cenário, que são atualizadas em tempo real no seu mapa conforme você coleta as informações, pode também pegar informações de onde você está, assim adicionando mais detalhes ao seu mapa, ou você pode fazer ele chamar um amigo pelo rádio para ir até a posição em que vocês estão, possibilitando que você mate-o ou extraía mais informações do mesmo. Você pode extrair somente uma informação por soldado, então depois disso a vida dele está em suas mãos, gafanhoto.
Áudio:
Tem pessoas dizem que é o maior ponto alto do jogo, o áudio. Eu concordo em parte com esse pessoal, porque o áudio está impecável assim em como nos outros Metal Gear Solid’s, o Snake Eater que é de Playstation 2 (E inclusive recebeu remasterização para geração passada), tem sons ambientes incríveis. Em Ground Zeroes não é diferente, há uma diversidade incrível de sons. Você pode ouvir com clareza a chuva caindo no chão, fazendo o barulho alternar dependendo do tipo de chão que ela está caindo, você também pode ouvir os seus passos e os de outros soldados, inclusive já vai uma dica para galera, sempre que estiverem perto de um soldado agachem e andem devagar, pois eles tem ouvidos apurados e irão investigar o local caso ouçam sons de passos. Nas fases ao dia, também é possível ouvir o som de pássaros cantando, o que é muito bacana também. O som das armas também está ótimo, como sempre. A dublagem do jogo está impecável.
Muitas pessoas ficaram com um pouco de receio com a dublagem de Snake no jogo, pelo fato de seu dublador original David Hayter não o dublar, mas sim Kiefer Sutherland. Eu joguei os outros games da saga Metal Gear Solid e já estava acostumado com a voz de Hayter, mas mesmo assim deu pra aceitar de boa a voz do Kiefer, só tem um probleminha, a voz dele é um pouco “jovial” demais para Snake em alguns momentos, mas não é nada que estrague a experiência do game, já que é uma dublagem de qualidade.
Desenvolvido por Kojima Productions e publicado pela Konami.
Disponível para Xbox 360, Playstation 3, Xbox One e Playstation 4.
Metal Gear Solid 5: Ground Zeroes é somente uma pequena prova do que veremos em The Phantom Pain, o game está saindo por um preço bem em conta. Vale a pena comprar e ver Big Boss novamente em ação depois de tanto tempo longe dos consoles, mesmo com o game sendo extremamente curto. Mas para passar o tempo temos desafios, níveis de dificuldade e uma série de outros complementos, você poderá se divertir tranquilamente por uma semana inteira com o game.
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