A Nintendo trouxe melhorias visuais e um desempenho melhorado para Breath of the Wild e Tears of the Kingdom no Switch 2, junto com a chegada do Zelda Notes. Esse serviço integrado ao aplicativo mobile do Switch reúne estatísticas, conquistas e até permite trocar itens e projetos de construção com outros jogadores. Tudo isso é interessante, mas não essencial.
Com a função Navegação, o Zelda Notes pode agir como um GPS dentro do jogo, exibindo sua posição no mapa e indicando santuários, inimigos, tesouros e outros segredos. Dá até para selecionar um destino específico e receber instruções em tempo real para chegar lá, tornando fácil achar itens ou conquistas deixadas para trás.
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Para quem gosta de colecionar tudo, o sistema facilita muito. Os jogos são enormes e rastrear manualmente cada Korok ou santuário pode ser cansativo. Assim, o Zelda Notes vira uma opção moderna a pesquisas na internet. A navegação é simples, mas pode passar a sensação de trapaça. Explorar Hyrule sempre foi sobre curiosidade, sair do caminho principal e se deixar surpreender. O sistema tira esse elemento de descoberta.
Vale lembrar que ambos os jogos já possuem ferramentas para ajudar o jogador sem comprometer o espírito de aventura. O radar de santuário e a máscara de Korok, por exemplo, orientam sem revelar tudo, preservando a satisfação da exploração. O Zelda Notes entrega a resposta pronta, o que diminui a sensação de conquista ao encontrar um segredo.
Outro ponto é o bônus diário, que libera vantagens temporárias, como buffs ou até reparar armas desgastadas. Embora as chances de conseguir um reparo definitivo sejam baixas e só possa ser usado uma vez, isso vai contra o design central dos jogos, baseado na degradação das armas e na importância de buscar recursos pelo mundo. Mesmo sendo só um ajudinha, quebra um ciclo pensado para estimular a curiosidade e o improviso.
O Zelda Notes foi feito para ser um serviço extra, útil para quem quer completar absolutamente tudo e não liga para spoilers. Quem prefere preservar o sentimento de descoberta pode ignorar o app e continuar aproveitando as mecânicas já oferecidas pelo próprio jogo.
Na prática, ao ver dezenas de Koroks não encontrados pelo mapa, é tentador seguir o caminho fácil. Mas desligar o aplicativo e apenas explorar por conta própria ainda oferece recompensas inesperadas. Essa liberdade é o que faz Breath of the Wild e Tears of the Kingdom serem tão especiais para muita gente.