Batalhas em terra, combates em alto mar, muitas histórias e um mundo gigantesco é o que Assassin’s Creed Odyssey traz para o jogador no novo game da franquia.
Se você achou que Assassin’s Creed Origins deu uma nova identidade a franquia, saiba que Odyssey continuou essa evolução e trouxe o que de melhor seu antecessor teve.
O grande acerto da Ubisoft foi uma quantidade interminável de conteúdos interessantes e também o mergulho de cabeça nas mecânicas de RPG.
Assassin’s Creed Odyssey é um game que merece ser jogado e nas linhas abaixo eu vou te contar os motivos.
Pegue seu navio de explorador e vamos partir nessa viagem rumo a Grécia antiga.
Contexto histórico
Assassin’s Creed Odyssey se passa durante a Guerra do Peloponeso, entre 431 á 404 antes de cristo. Esse foi um conflito armado entre Atenas e Esparta e definiu muito dos rumos da humanidade, visto que a Grécia é o berço do pensamento, filosofia e tecnologia bélica.
Desde que o jogo foi anunciado, na E3 2017, eu já esperava que a fórmula criada em Assasin’s Creed Origins seria expandida em Assassin’s Creed Odyssey.
A Ubisoft vem há bastante tempo querendo tornar a franquia em um jogo de RPG e foi exatamente o que aconteceu.
RPGs geralmente são jogos onde suas escolhas fazem grande diferença e isso acontece de uma forma moderada em Odyssey.
Uma das principais escolhas no começo do jogo é com qual personagem você vai jogar, você deve escolher entre Kassandra e Alexios, dois personagens com linhagem direta ao grande Rei Leônidas.
“Mas cada personagem de Odyssey tem uma história diferente?”
Não, pois independente da escolha, você sempre vai passar pelas mesmas missões.
No jogo você será um mercenário espartano da linhagem de Leônidas (Batalhe de Termópilas) buscando respostas de seu passado, e claro, em busca de muito dinheiro.
Você viverá batalhas colossais e terá como objetivo combater “O Culto” e se tornar o maior mercenário da Grécia antiga.
Exploração ou modo Guiado
Uma novidade interessante também é apresentada logo no início do jogo, você deverá escolher entre jogar no “modo guiado”, que apresenta todas as missões, sides-quests e itens de interesse no hud do jogo ou usar o “modo exploração”
O “modo guiado” é o tipo de jogo clássico de outros capítulos da franquia mas se você quiser algo mais realista, você pode optar pelo “modo exploração”.
Nesse modo você não tem qualquer indicação na tela sobre o caminho que deve seguir.
Jogando no “modo exploração” é preciso conversar com os NPCs que iniciam a missão e usar os diálogos do seu personagem para encontrar pontos de referência na gigantesca Grécia criada pelo jogo.
Isso é uma novidade que sozinha pode adicionar horas de exploração e aumentar consideravelmente a dificuldade do Assassin’s Creed Odyssey.
Personagens históricos
Como em todo jogo da franquia, Assassin’s Creed Odyssey apresenta uma quantidade infindável de histórias que muitas vezes são contadas ou vividas na companhia de personagens históricos.
Muitos desses personagens são destacados na campanha e até mesmo em side-quests. Eu particularmente te aconselho a jogar uma sidequest do Artaxerxes, filho do ledário rei persa Xerxes I. Se eu não me engano a missão se chama “O rei cego”
Você ainda vai conhecer o grande historiador Heródoto e até mesmo Sócrates, um dos maiores pensadores de todos os tempos.
Muitos dos personagens do jogo realmente existiram e como sempre esse é um ponto que me faz gostar tanto dos jogos da franquia Assassin’s Creed.
Gráficos e ambientações
Eu zerei o game no Xbox One e confesso que apesar de muito bonito, a Ubisoft não conseguiu otimizar tanto os gráficos para o as versões mais simples do Xbox One.
Posteriormente eu iniciei uma nova campanha, agora jogando no PC com tudo no ultra e ali eu realmente consegui ver todo o poder gráfico do game.
Belos gráficos já são uma marca registrada da Ubisoft, principalmente quando o assunto entra para áreas como a ambientação e recriação de locais históricos.
Nesse quesito, seja em qual plataforma for, Assassin’s Creed Odyssey da um show e não serão poucas as vezes que você vai se encontrar admirando as paisagens incríveis que são criadas no game.
Ainda sim, problemas técnicos aconteceram no Xbox One, principalmente a queda de frames quando você está em cidades que tem muitas construções.
Nesse quesito o jogo deixa a desejar mas não é nada que tire o brilho do jogo ou que faça você desistir de jogar Assassin’s Creed Odyssey.
Uma coisa a se destacar sempre em jogos desenvolvidos pela Ubisoft é a ambientação e recriação de locais históricos. Eu me impressionei muito com isso em Odyssey então aqui vai um conselho:
Tire uma boa parte do seu tempo para simplesmente cavalgar e visitar os locais históricos do game.
Novamente eu te indico a Sidequest “O rei cego” onde o Artaxerxes te dá uma missão de contemplar os locais mais bonitos do jogo. Você precisa ver tudo isso!
Muitos modos de jogo
Assassin’s Creed Odyssey apresenta diversas atividades e modos de jogo além da campanha principal, são diversas atividades extras que devem ser feitas para que você evolua no jogo.
Aqui cabe uma ressalva: Infelizmente muitas dessas atividades, apesar de serem sidequests, são obrigatórias pois o “hand cap” do jogo não permite que você enfrente com sucesso inimigos que estejam com 2 ou mais níveis do que você;
Isso passa a se tornar um problema quando você começa a se deparar com “missões de correio (Nome que eu invetei agora)”
Basicamente são missões onde você tem que ir em um determinado lugar, pegar uma coisa e trazer de volta.
Essas missões são bastante cansativas visto o tamanho do mapa de Odyssey mas existem sim, boas atividades que podem ser executadas além das missões principais.
Caça a animais lendários, Caça aos cultistas, Batalhas de conquista, Arenas de batalhas, Lutas contra mercenários, exploração de túmulos e muito mais.
No geral, o game apresenta realmente muitas opções, o único problema é que eu, particularmente, acho que elas não deveriam ser obrigatórias para você terminar a campanha.
Essa foi a forma que a Ubisoft encontrou para que você jogue uma grande quantidade de missões bobas, eu particularmente não gostei disso.
Ainda sim, as atividades que eu listei acima, são bem legais e você vai gostar de faze-las.
Navegar é preciso… Infelizmente
Eu confesso que não sou um grande fã da parte de navegação marítima do jogo, ainda sim, você vai precisar navegar muito, mas muito mesmo em Assassin’s Creed Odyssey.
Boa parte do jogo você vai passar dentro do seu navio, com outros mercenários que já estavam lá ou que você recrutou durante o jogo…
Sim, enquanto você joga você pode decidir se vai matar ou recrutar um inimigo, a dica aqui é: Sempre recrute seus inimigos mais difíceis. Falamos bastante sobre isso aqui.
Voltando a questão da navegação, apesar de mostrar uma melhora significativa em relação ao que foi Assassin’s Creed Black Flag, eu não gosto muito das batalhas navais, acho os controles pouco intuitivos e essa é uma parte que eu dispensaria se não fosse, novamente, obrigatório.
Combates, Habilidades e outras coisas…
Essa é a parte onde Assasin’s Creed Odyssey realmente brilha, desde seu antecessor, o combate da franquia já tinha sido totalmente re-imaginado e isso foi explorado e melhorado muito em Odyssey.
Agora você tem duas rodas de habilidades especiais que podem ser modificadas á seu gosto e necessidade em determinadas missões.
A primeira roda é referente aos golpes com espadas, lanças e etc… E a segunda é responsável pelas habilidades com o arco.
Infelizmente nesse jogo não temos escudos o que se torna uma questão bastante curiosa visto que, você é um espartano e eles são historicamente conhecidos também por suas técnicas de defesa usando escudos.
Ainda sim, é possível e extremamente necessário, bloquear os ataques de seus inimigos usando a sua lança quebrada e sua espada.
Alias, essa é uma skill que você precisa dominar logo no começo se não quiser morrer a cada encruzilhada que passar.
Eu confesso, senti falta dos escudos que eu tanto usei em Assassin’s Creed Origins. Quem sabe em uma futura atualização a Ubisoft não mude isso.
As habilidades são bastante variadas e podem ser ativadas ou desativadas conforme a necessidade da missão que você está fazendo.
Essa é uma novidade que chegou com Odyssey e que eu particularmente achei interessante pois, com essa possibilidade você não precisará ficar decorando comandos de habilidades que não usa.
Também será possível ter diferentes abordagens para diferentes situações no jogo, se a ideia era tornar o Assassin’s Creed Odyssey em um RPG essa com certeza foi uma funcionalidade útil para isso.
Vida útil do jogo
Essa é uma característica que eu costumo avaliar nos jogos que eu faço review, acho importante que ao investir o seu dinheiro em um jogo ele te dê um bom tempo de uso.
Como você sabe Assassin’s Creed Odyssey não tem um modo multiplayer, que geralmente mantém a vida útil do game longa.
Definitivamente isso não é um problema para Assassin’s Creed Odyssey, só a campanha do jogo demora mais de 60 horas pra ser completada.
Fora isso, diversas outras atividades como a caça aos mercenários e batalhas nas arenas vão manter você ativo no jogo por muito tempo.
Se você comprar a versão Ultimate, você ainda terá vários novos DLCs que já estão programados para os próximos meses que vão aumentar muito o seu tempo de jogatina em Odyssey.
Assassin’s Creed Odyssey vale a pena?
Como sempre, em reviews essa é uma resposta muito particular, eu gostei bastante da minha experiência em Odyssey mas confesso que me diverti mais em seu antecessor.
Tecnicamente falando o jogo é bom mas a escolha da Ubisoft em manter missões secundárias bobas atreladas á sua evolução de nível não foi uma boa opção para mim.
Isso em um jogo de mundo aberto acaba fazendo você se sentir preso em determinados momentos do jogo tendo que fazer coisas que não queria fazer.
Ainda sim, graficamente o jogo é lindo a história, depois de algumas horas, passa a fazer sentido e sem dúvidas seja você um fã ou não da franquia, Assassin’s Creed Odyssey vale a pena ser jogado.