Ubisoft atualizou o EULA de seus jogos. Agora, os jogadores devem “destruir” cópias dos títulos se a empresa encerrar o suporte ao game.
A mudança passou a valer após períodos difíceis para a empresa, que sofreu com jogos abaixo do esperado, como Avatar: Frontiers of Pandora e Star Wars Outlaws. Até mesmo XDefiant foi descontinuado. Apesar do sucesso de Assassin’s Creed: Shadows, não foi suficiente para sustentar uma fase positiva. Com o novo EULA, a responsabilidade de apagar as cópias quando solicitado fica com o usuário.
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O EULA esclarece que a Ubisoft ou suas licenciatárias podem encerrar o acordo a qualquer momento, por qualquer motivo. O texto diz:
“Você e a Ubisoft (ou seus licenciantes) podem terminar este EULA, a qualquer momento, por qualquer razão… Após a rescisão por qualquer motivo, você deve desinstalar imediatamente o Produto e destruir todas as cópias em sua posse.”
Essa medida vale tanto por iniciativa da empresa, por encerramento da conta, quanto pelo fim do suporte ao jogo pelo estúdio.
Outro ponto importante do EULA é que a Ubisoft pode modificar, atualizar ou excluir termos sempre que julgar necessário. O usuário precisa verificar periodicamente essas atualizações. Caso não concorde, terá que rescindir o contrato, o que significa desinstalar e destruir todos os jogos adquiridos.
As reações do público não foram positivas. Nos fóruns, muitos usuários criticaram o movimento da empresa, comparando o caso a decisões recentes da Microsoft, como demissões em massa e fechamento de estúdios. Um dos comentários mais populares destaca:
“Lembro quando o logo da Ubisoft me empolgava. Hoje evito como a peste.”
Outro usuário sugeriu simplesmente não comprar mais jogos da Ubisoft.
A discussão sobre propriedade digital ganhou força após a polêmica do encerramento de The Crew em 2014, quando os compradores não puderam jogar offline. O caso está na justiça e, desde então, a empresa prometeu que jogos futuros da franquia terão modo offline.
Além disso, a Ubisoft criou uma subsidiária em parceria com a Tencent, focando em franquias como Assassin’s Creed, Far Cry e Rainbow Six. Outros títulos do catálogo permanecem incertos. Com o novo EULA, cresce a preocupação sobre o futuro desses jogos caso a empresa decida encerrar mais produtos.
Surgiu também o movimento “Stop Killing Games”, que quer contestar judicialmente a legalidade de publishers excluírem jogos do consumidor. O grupo já reuniu mais de um milhão de assinaturas na União Europeia.